quarta-feira, 25 de novembro de 2009

ESTE BRASIL

ESTE BRASIL

Paulo Matos (*)

O Brasil é um país dos fenômenos criativos, das cantoras e das batidas e letras como a da bossa nova que exportou com seus cantores e compositores, sem falar no cinema de Anselmo Duarte, do futebol do Santos e de Pelé, de tanta coisa boa que o mundo viu.

Este Brasil é muito mais, como cantava Paulinho da Viola, do que o “país do futuro” que nos repetem desde a infância. É um país que se mostra agora, saltando a partir de sua natureza que faz o mundo melhor aqui, mais feliz, lugar onde a geografia é mais ampla e mais bela sem necessitar do mundo lá fora para ser feliz.

O Brasil é tudo isso porque aqui se juntaram etnias para compor uma única raça, a humana, terra de migrantes de todas as partes desde árabes e judeus aqui em paz, negros, brancos, índios, asiáticos, mulatos, mamelucos e o que vier – que miscigenados ficam mais fortes nos garantiu o mestre Darcy Ribeiro.

Sim, o Brasil é o país moderno porque está extraindo energia pura e renovável do biodisel, nestes tempos de Kyoto, apto a tornar-se o maior pólo energético do mundo sem o temor do fim dos seus estoques, como o petróleo que descobre com o gás em imensas jazidas que o fazem auto-suficiente, que quer o Saci como símbolo e que já rejeita o sotaque estrangeiro.

Constrói uma nova era este país de Lula, pernambucano de Garanhuns que veio para a nossa Itapema chamada de Vicente de Carvalho em homenagem ao maior poeta, depois São Bernardo e ai para o Brasil descobrindo a simplicidade das coisas comuns como deixar a gente comer e produzir, em saltos magníficos que não são apenas simbolizados em vitórias esportivas ou conquistas guerreiras ou bombas mortais – mas assentados em conquistas reais e duradouras.

O país se ampliou para atender os carentes com este Lula que nos parece Plínio Marcos, este que ensinou régua e compasso e saiu daqui para o mundo com seu discurso teatral. Este é o Brasil reconstruindo mercados externos e readquirindo prestígio internacional, com a mesma desenvoltura com que brilha para os miseráveis oferecendo comida melhor e mais barata, tudo isso com propostas de paz sem invadir nem ameaçar, recusando soluções ensandecidas, mas crescendo para sua gente.

O Brasil de hoje distribui riquezas para o consumo de faixas imensas que não consumiam nada, dinheiro que volta ativando a indústria e o ensino, deixando para trás o passado de um tempo dominado pelos acadêmicos que se expressavam em diversos idiomas em Paris, Londres e NY, sem conhecer muito bem a língua daqui, nem mesmo o português ou o tupi. Ou o sotaque da Bahia, do Pernambuco, do Sergipe, do Ceará, o sotaque paulista arrastado, o paranaense e o catarinense cantado, o mineiro pronunciado como o caipira paulista, coral encantado.

Lula foi o maestro soberano como Antonio Brasileiro, desta ressurreição que projeta uma grande nação mais justa e igual de maior mar do mundo aonde chegam cada vez mais navios de carga e onde chegaram caravelas dominadoras da Cruz de Malta. O Brasil deste torneiro mecânico do SENAI é aquele que soube reunir vontades fortes, chefiado por este praticante de princípios teóricos que viabiliza em concreto encaminhando sonhos utópicos. Melhorando a vida de tantos que podem agora comer, produzir, estudar e crescer. O Brasil de hoje é o Brasil que arranca de fato suas fitas coloniais para dar, finalmente, seu grito de paz e amor.


Paulo Matos
Jornalista, Historiador pós-graduado e Bacharel em Direito
E-mail: jornalistapaulomatos@yahoo.com.br
Twitter: http://twitter.com/jorpaulomatos
Fone 13-38771292 - 97014788

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