O DESTINO DOS RECURSOS PÚBLICOS "O TRISTE DESTINO DOS RECURSOS PÚBLICOS"
Paulo Matos
É curioso como somos desprezados em nossas opiniões sobre o que deve ou não deve ser feito com os recursos financeiros que, dizem, devemos determinar. Eles, do governo, aplicam os recursos chamados públicos, onde querem e quando querem. Compram, montam e vendem empresas públicas ao bel-prazer. Mandam no país e o pior, nas cidades – que são o único território “de verdade”, o resto é ficção jurídica.
Pior mesmo é que, assim, jamais chegaremos à cidade “aconchegante como um colo de mãe”. É um cartaz elaborado por alunos de uma escola de Caxias do Sul, no Rio Grande de Brizola, durante atividades lúdicas do “Congresso das Crianças”. É uma utopia, mas que pode ser cada vez mais real se criarmos a relação simples e fácil da organização das pessoas e as consultas públicas. De verdade, não como estas instituídas pelo Governo federal e que sonhávamos amplas.
O fato é que de repente elegeram prioridade a instalação de gás e para isso rasgam a cidade na implantação dos canos. Ganharemos com isso? A resposta é não, é mais caro. Mas porque será que fizeram isso? Será porque venderam a estatal do gás e veio junto (ou separado) um contrato de 30 anos para fornecimento? E a água? E o esgoto? E tantas e tantas coisas. Como? Colocaram um monumento na Plataforma do Emissário? O parque, dizem, custará 8,5 milhões, com grana de alguns e da Prefeitura.
Mas a área não está sub-judice, quer dizer, dependendo de decisão para ver se fica ou é removida? Então como jogar essa grana toda no parque? E as favelas, palafitas, barracos? Devemos restituir à cidade as funções maternais, nutridoras da vida, escreve Lewis Munford, no livro “A cidade na história. Mas para fazer isso, temos que mudar nossos conceitos de democracia e evolui-los, essa “democracia” que Saramago põe aspas – porque só permite mudar as peças, não o tabuleiro.
Paulo Matos
É curioso como somos desprezados em nossas opiniões sobre o que deve ou não deve ser feito com os recursos financeiros que, dizem, devemos determinar. Eles, do governo, aplicam os recursos chamados públicos, onde querem e quando querem. Compram, montam e vendem empresas públicas ao bel-prazer. Mandam no país e o pior, nas cidades – que são o único território “de verdade”, o resto é ficção jurídica.
Pior mesmo é que, assim, jamais chegaremos à cidade “aconchegante como um colo de mãe”. É um cartaz elaborado por alunos de uma escola de Caxias do Sul, no Rio Grande de Brizola, durante atividades lúdicas do “Congresso das Crianças”. É uma utopia, mas que pode ser cada vez mais real se criarmos a relação simples e fácil da organização das pessoas e as consultas públicas. De verdade, não como estas instituídas pelo Governo federal e que sonhávamos amplas.
O fato é que de repente elegeram prioridade a instalação de gás e para isso rasgam a cidade na implantação dos canos. Ganharemos com isso? A resposta é não, é mais caro. Mas porque será que fizeram isso? Será porque venderam a estatal do gás e veio junto (ou separado) um contrato de 30 anos para fornecimento? E a água? E o esgoto? E tantas e tantas coisas. Como? Colocaram um monumento na Plataforma do Emissário? O parque, dizem, custará 8,5 milhões, com grana de alguns e da Prefeitura.
Mas a área não está sub-judice, quer dizer, dependendo de decisão para ver se fica ou é removida? Então como jogar essa grana toda no parque? E as favelas, palafitas, barracos? Devemos restituir à cidade as funções maternais, nutridoras da vida, escreve Lewis Munford, no livro “A cidade na história. Mas para fazer isso, temos que mudar nossos conceitos de democracia e evolui-los, essa “democracia” que Saramago põe aspas – porque só permite mudar as peças, não o tabuleiro.
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