quinta-feira, 24 de julho de 2008

SANTOS QUER HISTÓRIA - II

SANTOS QUER HISTÓRIA - II
Paulo Matos

A restauração do Coliseu foi importante, este que de 1897 a 1903 foi velódromo, de 1909 a 1923 era casa de espetáculos, de 1924 a 1993 teatro e cinema. Sua restauração foi vital para Santos correr atrás da história. Foi desapropriado pela prefeita Telma em 1992 e reinaugurado em 1996. Agora, a restauração do Theatro Guarany, de 1882, reinaugurado em 1911, palco da Abolição, é boa notícia e está em curso rápido.

A Câmara agora vai para o “Castelinho” dos bombeiros, de 1909 – uma obra gótico-renascentista -, ficando esta construção para o Museu Pelé se e quando o restaurarem. Foi o prefeito Justo que desapropriou em 1988 a Casa da Frontaria Azulejada, de 1869. Era um antigo terminal intermodal de frente para o porto e para a cidade que, do outro lado, tem os Casarões do Museu do Porto de 1902.

Mas a armadilha aos turistas é o grande número de praças com nomes trocados nas homenagens que ostentam: sabe o que tem na Praça Ruy Barbosa? O monumento ao "Padre Voador" Bartolomeu de Gusmão. E por aí vai, até deslocaram do Boqueirão o monumento Vicente de Carvalho impedindo o "Poeta do Mar" de olhá-lo. Crueldade.

O monumento de Vicente de Carvalho está hoje de costas para o que ele cantou... Mas a Ordem Primeira e Terceira do Carmo, na Praça Rio Branco, iniciada em 1599, vai ser restaurada. E o Escolástica Rosa de João Otávio, de 1907, se mantém como uma das mais importantes construções da praia.
Mas é especialmente interessante como a questão é tratada: depois de demolirem palácios na praia, como o Palace Hotel – que já foi cassino até 1947 -, construído por portugueses e inaugurado em 1910 e que foi o mais luxuoso do litoral, demolido para fazer o Universo Palace, sem tanta ou nenhuma arte arquitetônica.

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