quarta-feira, 25 de novembro de 2009

BICICLETAS, CAMINHOS DE VIDA

BICICLETAS, CAMINHOS DE VIDA
Paulo Matos (*)

É preciso criar caminhos para as bicicletas, abrindo vida e saúde, evitando acidentes e tragédias. O grito de tanto tempo ecoou na instalação da primeira ciclovia, depois daquela na entrada da cidade que foi desfeita, mais de uma década depois de sua instalação. Corrigindo a injustiça da existência de mais veículos de propulsão humana em duas rodas do que automóveis em Santos – e estes terem cem vezes mais lugares para andar do que os ciclistas, transporte natural, vigoroso e necessário, não poluente e suave nestes tempos de engarrafamentos cada vez mais graves e cruéis. O que falta considerar para sua implantação em todas as rotas ?

A invenção da bicicleta na Inglaterra do século XIX , pelo barão alemão Karl Von Drais, diz-se aperfeiçou o invento de um fotógrafo francês, melhorada depois por um escocês. No começo tinha rodas iguias, para que voltou, depois aquela forma da roda dianteira grande, de 1,50 m e a detrás pequena, de 0,30 m.. O que foi invertido pela bicicleta americana que veio a seguir, encaminhando a invenção do automóvel. No fim do século XIX, início do XX, vieram as competições e elas se disseminaram como transorte fácil e agradável, se espalhando pelo mundo – como nos países asiáticos que mostram verdadeiras hordas de ciclistas.

Benéfica aos músculos e pulmões, instrumento de lazer e de trabalho, de crianás e de idosos de todas as classes sociais, disputam lugar com os carros, ônibus e caminhões velozes em pistas estreitas, com grande número de vítimas – resultado da irracionalidade humana. Espalhando-se em número crescente, exigem e merecem caminhos, porque após tantos empenharem-se para criar a bicicleta, foi aqui que ela melhor se adaptou – onde temos a terra plana e o clima agradável, não agressivo.

Hoje, são centenas de milhares os usuários de bicicletas – e temos ao lado, na vizinha cidade de Guarujá, distrito de Vicente de Carvalho, a segunda maior concentração de bicicletas do país. Elas atravessam nossa cidade como fazem as de Praia Grande e Cubatão e São Vicente, em viagens de ida e volta, sem contar as de Santos que se dirigem para alguma destas cidades – mostrando a exigência de um projeto metropolitano de ciclovias. Recusá-las é irracional. Vamos à frente em duas rodas, ligando e interligando os caminhos de vida em toda a cidade. Vamos chamar os prefeitos, vereadores, deputados, clamar pela racionalidade lógica do direito humano às ciclovias. Vamos lutar pela vida.

Paulo Matos
Jornalista, Historiador pós-graduado e Bacharel em Direito
E-mail: jornalistapaulomatos@yahoo.com.br
Twitter: http://twitter.com/jorpaulomatos
Fone 13-38771292 - 97014788

Nenhum comentário: