quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

OS GORILAS INDELÉVEIS DE NUREMBERG


OS GORILAS INDELÉVEIS DE NUREMBERG

Paulo Matos (*)

Confiar a fanáticos a busca da verdade é o mesmo é o mesmo que entregar o galinheiro aos cuidados da raposa”. Foi o que disse o general do Exército Maynard Santa Rosa, em suposta carta postada na Internet, condenando a Comissão da Verdade do Governo Federal, no Programa de Direitos Humanos – como escreve o jornal. 
A proposta é punir torturadores da Ditadura, criminosos comuns. Por que proteger torturadores, general? A busca da verdade é “fanatismo”, mesmo diante da monstruosidade da tortura? 
O brigadeiro Burnier, que queria que o Capitão Sérgio matasse cem mil brasileiros, foi um dos torturadores – diz seu filho.
Escreve Marcelo Rubens Paiva, que teve o pai torturado e assassinado pelos militares, em 1971: “Argentina, Espanha, Portugal, Chile, a anistia a militares envolvidos em crimes contra a humanidade foi revista. 
Há interesse para uma democracia em purificar o passado. 
Por que abrigar torturadores? Por que não colocá-los num banco de réus, um Tribunal de Nuremberg? Por que não limpar a fama da corporação?”. Mas não, ostentam o codinome “gorilas”. Estaria gravado indelevelmente?
Paulo Matos 
Jornalista, Historiador pós-graduado e Bacharel em Direito 
E-mail: jornalistapaulomatos@yahoo.com.br

Blog: 
www.jornalsantoshistoriapaulomatos.blogspot.com
Twitter: www.twitter.com/jorpaulomatos 
Fone: 13-97014788

Nenhum comentário: