domingo, 1 de fevereiro de 2009

SENHORES, EM CENA O MUSEU DO PETRÓLEO

SENHORES, EM CENA O MUSEU DO PETRÓLEO

Paulo Matos (*)

Faz parte do show esta oportunidade que, como um cavalo alado, é rara. E é ela que se mansamente se instala na freqüência do dirigente, digamos tatuado, como modernamente se expressa, na referência às pessoas delineadas para permanecerem na história – sem o temor de cair no lombrosianismo ainda presente em conceitos atrasados. Ele tem marca, é Marcusso, ele é o cara que quer fazê-lo, que chega na hora marcada.

Templo ou morada das musas, origem da expressão museóloga - credenciada pelo culto às coisas humanas e às suas descobertas que permite a expansão dos seres nas suas exigências de multiplicação das forças –, o que se mostrou capaz este ouro negro gerando potências enquanto se trotava lento em certos lugares resultando nos estágios continentais diferenciados.

Assim, ecoa como gesto secular a criação do Museu do Petróleo em Santos, uma proposta do gerente da Unidade de Negócios da Petrobras em Santos, envolta em um sentido de sublime modernidade pelo aspecto cultural que releva e promove com o valor permanente que lhe é inerente. O calor é seu endereço, que pede se reconheça.

A memória histórica das lutas vitais da nacionalidade aqui sediadas responde por uma parcela deste imenso arco de ofertas na pesquisa estudo desta que será um das maiores bacias petroÍíferas do mundo, com chances amplas de ser a maior sem precisar dançar tango no teto – com auxílio de Frejat.

A correção da proposta da Petrobras, então contestada nos anos 40 até por colunistas sociais expressivos no país, fincou-se estável e indubitável. Mormente nestes tempos em orgulho de Lobato e na necessária requalificação histórica – para que se torne exemplar – do nome de Dioclécio Santana, que se registrou símbolo da batalha “O petróleo é nosso” há mais de 60.

O Museu do Marcusso é ilustrativo desta caminhada quixotesca e sonhadora, além dos moinhos de vento, do escritor, inovador e empresário que corajoso contestou a consagrada Semana de Arte Moderna por não adotar os personagens brasileiros que criava ou trazia para suas histórias do Sítio.

Mais, o Museu do Petróleo cumprirá com sua tarefa didática e forjadora de princípio sólida de nacionalidade e erudição necessária no impulso aos valores eméritos e uma sociedade, substituindo aqueles introjetados pelos que não nos queriam petroleiros e miram a Amazônia.

Nossas idéias correspondem aos fatos, nossa piscina não está cheia de ratos, mas de ouro humano potencial da expansão de direitos por tanto tempo negados e carentes de equalização horizontal para tornarem-se resistentes como nações exemplares de paz e igualdade na relação maior e mais multiétnica do planeta, exemplar.

O futuro já se aponta como promissor na produção de energia limpa, que se fará e desenvolverá aqui pela Petrobras, potencialmente para as regiões tropicais - historicamente deserdadas e maltratadas como humilhadas e ofendidas -, favorecidas pelo sol, pelos ventos, pelo verde e pelo mar produzindo energia.

A poesia do petróleo se instala em óleo grosso e viscoso desenhado no céu e decorado pelo gás que emana das profundezas oceânicas como um suspiro do sangue, derramado nos atos de submissão por sublimá-lo sem somá-lo como multiplicador do esforço das massas para sua efetiva tarefa de direção da sociedade na síntese de nossa caminhada.