CADÊ O SINALEIRO?
Foi para a terra do Saci Pererê?
Paulo Matos (*)
Você lembra daquele sinaleiro de navios lá no fundão do mar, a altura da Ponta da Praia, listado de vermelho e branco, até onde vão apenas os bons nadadores? Que tem um igual em frente ao José Menino, objeto de contemplação para quase todos que não conseguem chegar lá? Um quadro imenso em minha sala o mostra, registrado em um quadro, com o sol cadente e a imagem ao fundo daquela montanha que representa uma mulher deitada de pedra e verde. Isto para quem tem boa vista e boa imaginação - cercado de um mar de verde imenso com movimento constante e permanente.
Pois bem, dia destes ele apareceu partido ao meio. E contando o caso a um amigo, também amante da praia, relatou-me que vira um rebocador arrancando o já monumento, que já fazia parte da paisagem. Por que será que ele foi assim arrancado? Farão o mesmo com o outro, assim sem consultar ninguém e sem que ninguém soubesse não fosse o testemunho e este observador a revelar?
Ano passado ou o outro, já não me favorece a memória nesta sucessão iconoclasta, um vegetal enorme, saudável e centenário nos jardim ao lado do Canal 4 foi tirado do cenário. Junto com sua sombra porque obstava o visual de uma torre similar, maior, que refletia com esta na orientação dos navios que vão e vem desde 1506. Com o que fará par, agora?
Foi quando inaugurou-se o porto de São Vicente pelo Bacharel da Cananéia Cosme Fernandes, expulso por Martim Afonso. O sinaleiro era visualmente importante, nosso marco no mar. Espero que volte, para que o quadro de minha sala não seja seu único registro, nestes tempos de demolição histórica como Paraitinga - a terra do Saci Pererê.
(*) Paulo Matos
Jornalista, Historiador pós-graduado e Bacharel em Direito
E-mail: jornalistapaulomatos@yahoo.com.br
Twitter: http://twitter.com/jorpaulomatos
Fone 13 - 97014788
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